Uma História Para Se Contar

Sinopse: 

O que fazer quando no dia do seu casamento você se apaixona por outra pessoa? Aconteceu com Rachel...E o amor avassalador aconteceu! Imagine Eu e Você...

| Romance| Livre

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(Luce) Você está atrasada.

(Edie) Qual o trabalho.

(Luce) Um casamento.

(Edie) Você sempre dá um jeito.

(Luce) Uma de nós precisa.

(Edie) Casal Legal

(Luce) Não os conheço. Sempre é a mãe.

(Edie) Não é mesmo? Saia comigo depois!

(Luce) Claro.

(Edie) Você saí?

(Luce) Claro.

(Edie) Oh, legal! Bem, nós vamos juntas.

(Luce) Eu encontro você lá.

(Edie) Você não vai.

(Luce) Meu programa favorito está passando na TV.

(Edie) Você precisa de uma vida amorosa.

(Luce) Eu tenho uma vida morna. Me serve muito bem.

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Acho que tudo começa quando acordo, deixo o despertador tocar, apenas pelo prazer de escuta-lo, eu estava acordada, sentada na cama, acompanhando os ponteiros se mexendo. Sorri, sabendo que ele despertaria, e sim, logo tocou. Me deito de novo na cama, levantando e correndo no banheiro para escovar os dentes. Definitivamente, aquele não era um dia qualquer. Aquele dia, era o dia do meu casamento. As amigas, que seriam as madrinhas, chegaram, e AHHHHHH, o dia chegou! Que medo, que felicidade, emoção e... espera, eu já disse medo? É, que medo!

Quando apareci insegura quanto ao vestido de noiva, meu pai e mãe me olharam bem orgulhosos, estavam admirados. Minha irmãzinha de 10 anos, me elogiou, ao menos, acho que é elogio, dizer que eu estava parecendo uma cobertura de bolo.

Respira fundo, silêncio, respira fundo, e lá estava eu, no carro com um motorista, papai e a madrinha, apavorada, naquela expectativa de como será a festa, como serei casada?

Insegura se estava ou não preparada. A conversa não me ajudou em nada. Meu pai dizia estar casado a 37 anos, e que fora um grande erro, contava que, quando estava no carro, daquela mesma maneira que nós, sendo conduzido para igreja pensou em desistir, talvez, fosse minha chance, de gritar "pare o carro". E foi exatamente o que eu fiz.

(Rachel)Pare o carro, preciso fazer xixi!

Correndo feito uma louca, segurando a cauda do vestido, entrei numa lanchonete, para usar o banheiro. Ah, nem preciso dizer que todo mundo me olhou, né? Devem ter pensado, que noiva louca. Sim, eu pensaria isso, se visse uma maluca, entrando assim, num ambiente.

Enquanto isso, no local do casamento, me disseram depois ..que ... E foi numa das mil perguntas pentelhas da minha irmã que ela conheceu Luce. A única pessoa que sabia a resposta da charada "O que acontece quando uma força que não pode ser parada vai de encontro a um objeto que  não pode ser movido? H. pediu que ela sentasse do lado. Acho que foi amizade a primeira vista.

Destino, ele nos ajudou, acho. Eu tinha perdido a aliança dentro do ponche. Ela se aproximou, se apresentando, querendo beber um pouco do drink, e eu desesperada, tive que confessar que deixei cair na bebida. Ela me ajudou. Se escondeu atrás de mim, e meteu a mão pegando o anel. Colocando no meu dedo, enquanto eu tentava distrair um amigo chato do meu noivo, que por sinal era chefe dele, o Rob, que apertou a mão dela, a mão com bebida, claro.

Na hora do discurso, ele ficou simplesmente apavorado. Parado, em pé em frente ao microfone, olhando os convidados. Levantei ficando do seu lado

(Rachel) Olá, pessoal. Sou Heck ... e bem vindos ao meu casamento. Eu fico feliz que vocês estejam todos aqui olhando para mim, porque ... porque eu quero dizer a vocês o quanto eu amo a Rachel. Que pessoa maravilhosa, única, fantástica, que ela é. (sussurrando) Você quer continuar?

(Heck) Não, não, acho que você está indo muito bem.

(Rachel) Ok, agora sou eu. Eu venho esperando ansiosamente por esse dia a minha vida inteira.E agora fico feliz de poder compartilhá-lo com tantas pessoas que eu amo... e com algumas pessoas que eu nunca vi na vida. Mas tenho certeza que você são todos ótimos também. Sinto como se conhecesse Heck a vida inteira. E sei que vou conhecê-lo o resto da vida. Ele é meu melhor amigo. Dizem que contos de fadas têm finais felizes, mesmo que algumas partes sejam difíceis. Mas Heck e eu fomos amigos e depois namorados. E tem sido tranquilo o tempo todo. Talvez esse seja um tipo melhor ainda de conto de fadas.

(Todos) Muito bem..muito bem.

(Rachel) Tipo isso é raro. Mas se vocês todos puderem nos desejar sorte, Heck e eu vamos ficar muito agradecidos. Todos prontos? Um, dois, três.

(Todos) Boa sorte!

A sorte.. as vezes muda de lado, brinca com as pessoas. Comigo, foi dessa forma, uma completa mudança, assustadora e perfeita. Luce entrou na minha vida. Minha grande obra do destino .. eu fui até a floricultura, além de ver um maluco andando pelo lugar, por estar procurando uma flor perfeita para uma segunda chance, eu estava lá para agradecer. Pela ornamentação do casamento.

(Rachel) Passei aqui para agradecer.

(Luce) Foi um prazer! - depois de uma pausa, porque ela ficou me olhando, acho, que estava me admirando, sei lá, hoje pensando bem, creio que tenha sido isso -  Olha, desculpa, eu estou ajudando ...

(Rachel) Oh, Deus, é claro. Vá em frente.

(Cliente) Qual a sua flor favorita?

(Rachel) Não sei. Eu acho que gosto de lírios.

(Cliente) Não..eles não servem.

Eu e ela rimos. A convidei para um jantar. Na minha casa .. quero dizer, comigo e com meu esposo. Sei lá, o que se passou pela minha cabeça. Na verdade, acho que foi uma vontade de tê-la na minha vida, ela era tão inteligente e cativante. Logo, pensei que poderia namorar o melhor amigo de Heck, nós quatros estaríamos para sempre unidos. Meu plano era uma sexta-feira, ela, eu, Heck e Coop num jantar. Achei que eles seriam perfeito um para o outro. Sabe quando você simplesmente conhece alguém mas logo de cara você sente como se aquela pessoa fosse ser sua amiga? Sabe-se lá porque! Vidas passadas, fisionomia. Mas, por alguma razão vocês simplesmente clicam.

O jantar foi uma tragédia.

Eu fui uma tragédia na verdade.

Ficou bastante claro, que eu estava nervosa, praticamente a todo momento na defensiva, e ver Luce sendo admirada pelos meninos, falando sobre amor de um jeito peculiar, que nunca tinha passado pela minha cabeça, na verdade, confesso, eu nunca tinha sentido algo semelhante, me fez realmente ficar irada.

E fui até a sacada e lá estava ela, sentada no parapeito segurando um guarda chuva, observando ali de cima o que acontecia lá em baixo, uma cena muito linda. Perguntei o que ela fazia ali na chuva, ela disse apenas observando admirando, que era muito lindo.

A chamei para entrar, e por alguns minutos, ficamos lado a lado, me desculpei pelo jantar, novamente ela me surpreendeu com um “já comi piores"

(Rachel) Perdi a cabeça.

(Luce) Perdeu não. Perdeu um pouquinho.

A toquei nos braços, para secá-la, acariciando-a.

(Rachel) Você está molhada.

(Luce) Estou bem.

Tirei meu casaco para oferecer para ela.

(Rachel) E está com frio.

(Luce) Estou bem!

(Rachel) Pode ficar com isto

(Luce) Eu estou bem.

(Rachel) Sério, pode ficar.

Coloquei o casaco nela, quase abraçada praticamente.

(Rachel) Tudo bem. Bem.

(Luce) Ok, agora quem está com frio é você.

(Heck) Ei, o que vocês estão fazendo?

(Rachel) Nada.

Ele estava lá em baixo, dizendo que o amigo dele queria jogar Strip poker, mas que ele preferia dormir. Foi uma indireta e Luce pescou, dizendo que ia embora. Ele deu carona para ela. Ela foi embora com meu casaco.

Não sei o que aconteceu.

Não sei mesmo.

Mas tenho certeza que eles não ficaram. Porque, ela me contou, que me amou desde a primeira vez que me viu vestida de noiva, em meu casamento.

O pior estava por vir. Eu e Heck fomos ao mercado, ele veio com o papo, se eu desistir de ser cupido, na verdade, não tinha desistido.

(Rachel) Noite passada foi um sucesso. Eles foram embora juntos. Esse som ao fundo que você está ouvindo são os sinos da igreja.

(Heck) Como é, você não percebeu? Oh, droga, você e muito por fora.

(Rachel) O quê? Percebeu o quê?

(Heck) Bem, uma  coisa que você não sabe sobre a Luce é que na verdade ela.. está bem aqui.

Sim.. ela estava, com um carrinho, e vindo para a mesma parte do mercado que estávamos,

dos condimentos enlatados. Ela estava com uma amiga, por sinal nos apresentou, a Edie. Foi estranho, ninguém sabia o que dizer, e hoje sei porque. Heck sabia que Luce era gay, por sua vez, Edie sabia que Luce estava afim de mim, uma "Barbie de tão Hetero" foi como ela se referiu a mim, quebrando toda e qualquer intenção de Luce me contar o que sentia.

E três encontros, naquele mercado. Suficiente para ser estranho demais. Heck perguntou na cara de pau se a menina era namorada dela, a resposta foi a pior, do tipo "eu bem que tentei, mas Luce ama outra". Definitivamente, eu queria ir embora, pagar as compras, e sumir.

O outro encontro, destino, novamente ele. Escola da minha irmã caçula Henrietta, famosa H. Mamãe me chamou para acompanhá-la numa apresentação do trabalho de ciência, e, nos corredores do colégio, Luce. Parece que ela havia ajudado minha irmã a preparar o trabalho. No escuro, cenário de espaço, ela estava ali ao meu lado. Nossas mãos na lateral do corpo, na cadeira, e por um segundo, me vi beijando-a, recebendo seu carinho, acho que foi a primeira vez de verdade, que senti meu coração acelerar de um jeito nunca, nunca antes. A luz voltou com tudo, apresentação de H. tinha acabado. Luce, como eu, estava perdida em pensamentos, como se ela também .. ah, definitivamente, sim .. ela também!

(Rachel) Você precisa ir né?

(Luce) Não .. quero dizer, eu posso ficar. Tudo bem.

(Rachel) Luce, eu (as crianças passavam, porque estavamos na escada, na entrada do colégio, no meio do caminho) Acho que nós deveríamos conversar sobre uma coisa que ...É que, eu não sei, quando eu estou com

(Luce) Sim, eu tenho que ir. Na verdade, agora lembrei que preciso fazer uma entrega.

(Rachel) Oh. Sim, certo. Vai lá, certo.

No trabalho, perguntei para minhas amigas, se elas acreditavam em amor a primeira vista, em minha mente eu só tinha um rosto, uma pessoa, um nome: Luce.

Acabei indo até uma locadora. Por curiosidade, não sei, eu acabei alugando um filme com temática lésbica, na verdade, era um pornô lésbico. Constrangedor, ficou ainda pior, minha mãe estava com as fotos do meu casamento, por causa do destino, apareceu, do nada, me matando ainda mais de vergonha. "é para pesquisa" .. tentei engana-las. Não, na verdade tentei me enganar.

Destino! É .. ele de novo, só que dessa vez não dei corda, não deixei ele ficar brincando, ri da minha cara.. Numa festa da cidade, eu estava com Heck, deixamos nossos pais e minha irmãzinha distantes, para namorar um pouco, quando o abracei, Luce apareceu em meu campo de visão. Ela estava linda, sorrindo e ao lado de uma senhora.

(Heck) Que foi bebê?

(Rachel) Vamos para casa.

Quando chegamos em casa, sei lá, acabei ligando para ela, eu precisava escutar sua voz. E Heck também sismou que eu tinha que sair com ela, porque, ele teria uma festa de negócios bem chata, e não queria me levar. Mas, trabalho é trabalho .. Voltando a ligação, ela deve ter atendido, não tenho tanta certeza, eu desliguei. Tola, insegura e sem coragem. Meu esposo atendeu o telefone, quando ela, ao ver o número ligou. Ele .. e não é que a chamou para sair

comigo? Na verdade, me empurrou para ela. A noite marcada? Terça-feira.

Futebol.. Dançar numa lanchonete, naquelas máquinas maneiras orientais. Toques, olhares, sorrisos .. muita.. muita diversão!

Luce.. o nome dela é Luce. A garota que me fez sentir o amor. Desejar o amor. Amar? Sim.. definitivamente, mas.. ainda não ficamos juntas nessa noite .. quase.. nos beijamos, por pouco, mas não aconteceu.

(Luce) Bem, obrigada pela noite.

(Rachel) Obrigada.

(Luce) Era meu aniversário.

(Rachel) Não, hoje? Você deveria ter dito. O

meu está quase chegando.

(Luce) Somos praticamente gêmeas.

(Rachel) Eu fico aqui! Eu.. ok, boa noite.

(Luce) É.

Fiquei perturbada. Muito.. absolutamente. Eu estava apaixonada por ela.. eu estava amando uma mulher. Heck, sempre tão perfeito, tão carinhoso .. um homem muito bom! Que dilema, o que fazer? Ficar com ele era o certo, por tudo que vivemos. Só que como controlar meu coração que suplicava, chamando o nome dela? Luce.

Em crise no casamento, melhor dizendo, em crise comigo. Fui falar com ela.

(Rachel) Ok, então você percebe? Você tem que entender. Não posso fazer isso. Realmente não posso fazer isso. Então, seja lá o que for ou tenha sido, tem que parar, e tem que parar agora. Você entende? Acabou.

Eu saí daquela sala onde ela guarda as flores. Ela estava péssima.. e eu.. eu voltei para beijar aquela boca deliciosa, que me chamava. Nos beijamos, quase transamos, sei lá, acho que essa era a nossa vontade, porém, Heck entrou na loja, irônico, entrou para comprar flores. Ele

estava se culpando, por nosso casamento estar uma merda. Tadinho, eu era culpada, não ele. Ainda por cima, comprou flores para mim. Tapa na cara minha .. e de Luce.

Eu fiquei ali naquele quartinho escutando tudo, saí correndo pela janela, chorando, odiando tudo aquilo. Luce veio atrás de mim.. e.. pela primeira vez, de verdade tive medo, muito medo. Porque eu não queria perdê-la, mas eu tinha que deixá-la ir. Eu..sou casada.. eu, era casada.

O amor falou mais alto.. ele sempre fala não é? Aproveitei que Heck estava dormindo, para abrir meu coração.

(Rachel) Eu queria falar com você porque...eu tenho que falar com você porque aconteceu uma coisa. Eu não estava procurando, só que ... aconteceu e apesar... de já haver acabado você tem direito de saber. Eu enlouqueci, Heck. Eu enlouqueci por alguém e não era você. Me desculpe, eu sinto tanto, e por favor, acredite em mim. Heck? Não..não, não! Não durma. Acorde, Heck. Não consigo dizer isso mais do que uma vez. Vou ficar com você. Não conseguiria, nem poderia deixar você. Você é meu melhor amigo. E isso foi o suficiente antes. Vai ser suficiente de novo, então...

Coloquei a manda do sofá em seu corpo, ajeitando-o, e fui para o quarto dormir. Ele estava dormindo, pensei. Mas não, escutou tudo.

Os dias passaram.. chegou meu aniversário.

(Rachel) Quem estava no telefone querida?

(H) Luce. Ela ia levar meu namorado eu eu ao museu ... mas agora não vai mais.

(Rachel) Oh. Talvez em outro momento.

(H) Não por um tempo. Ela vai viajar por um tempo.

(Rachel) Vai?

(Tessa) Quando foi a última vez que você me levou para viajar?

(Ned) No verão de 1994. Grande Barreira de Corais. Você afugentou todos os tubarões.

(Heck) Ela não mencionou isso na outra noite.

(Rachel) Não, sim, ela disse alguma coisa. Agora eu lembro.

(Ned) Parabéns para você.

Meu pai trouxe o bolo, todos cantando,enquanto Heck me olhava de forma inquisidora.

(Heck) Não posso aguentar isso.

(Rachel) Heck.

(Heck) Não posso, Rachel, não posso aguentar isso. Pensei que pudesse mas não posso.

Meu pai ficou estrategicamente entre eu e meu esposo, segurando o bolo, mostrando as

velas acesas para que eu apagasse.

(Ned) Sopre as velas!

(Rachel) Heck.

(Tessa) O que está acontecendo?

(Heck) Vou embora.

(Rachel) Eu não vou deixar você.

(Heck) Se você me respeita um pouco, isso é exatamente o que vai fazer.

Saímos da casa dos meus pais, ele ainda estava bastante bravo.

(Rachel) Não, não vá embora. Não me dê as costas e vá embora.

(Heck) É, continue dizendo isso. Vamos fingir que a escolha foi minha.

(Rachel) O que você quer dizer?

(Heck) Oh, qual é, Rach, nós dois sabemos que você teria me deixado no final de qualquer jeito.

(Rachel) Isso não é verdade.

(Heck) É sim. é sim. Eu quero que você seja feliz. Mais do que tudo eu queria ser o motivo da sua felicidade. Mas se eu não sou, então não posso atrapalhar. Porque o que você está sentindo Rach, é uma força que não pode parar. O que significa que eu tenho que sair.

Contei para meus pais que eu estava amando outra pessoa. Que ELA se chamava Luce.  Meus

pais ficaram em choque. A reação do meu pai foi linda. Ele me deu a chave do carro, na verdade, ele se ofereceu para me levar até ela. Para que eu impedisse que ela fosse embora.

(Tessa) O que Heck quis dizer sobre você amar outra pessoa.

(Rachel) Que eu estou amando outra pessoa.

(Tessa) Aquele Coop, não vale nada, transa com qualquer pessoa..

(Rachel) Não é ele.

(Tessa) E quem é ele? Qual nome dele?

(Ned) É um sortudo.

(Rachel) O nome dela é Luce.

(Tessa) Luce?

(Rachel) Sim.

(Tessa) Que é uma mulher? Como você, que é uma mulher.

(Rachel) Isso mesmo.

(Tessa) Então vocês duas são Lesb.Amigas.

(Rachel) Não importa como você chama..não vai acontecer. Não depois disso.

(Tessa) Você está certíssima.

(Ned) Posso dizer uma coisa?

Meu pai contou a história, sobre como foi quando conheceu minha mãe, o que sentiu. E sobre ela ser tão mais que ele, e assim mesmo, ela ter casado, e estar até hoje ao lado dele. Foram levando através dos anos, porque, ele, sempre foi apaixonado por ela.

(Ned) O que você escolha fazer, daqui para frente, nós vamos apoiar você, sempre. Mas por favor, minha querida, siga seu coração.

(Rachel) Posso pegar seu carro emprestado?

(Ned) Eu levo você.

(Tessa) Nada vai acontecer sem que eu esteja presente.

Papai me levou até a floricultura. Feliz, empolgada, e tentando segurar meu medo, entrei.

(Rachel) Onde está a Luce? Ela está aqui?

(Ella) Você gostaria de tentar entrar novamente?

(Rachel) Olá. Por favor, estou procurando a Luce.

(Ella) É você, não é? Você é ela?

(Rachel) Sim, sou eu.

(Ella) Você tem um marido.

(Rachel) Eu o deixei. Ele me deixou. Não

importa. Acabou.

(Ella) Então você está livre? E ama minha filha?

(Senhora cliente) Deus.

(Ella) Já vendeu flores na vida?

Saímos atrás de Luce. Nós duas e meus pais, no carro dele. Enquanto ela estava no taxi, para ir embora da cidade, ou, algo assim. Mais o trânsito estava ruim, destino? Hum..sim, ele acabou ajudando no começo, atrapalhando agora, mas, achei que podia darum jeito, dele nos ajudar. E ajudou. Escutei um rapaz assoviando uma musica,cantarolando, e era a mesma música que

escutei, quando liguei para ela.

(Luce) Alô?

(Rachel) Luce, sou eu. Ouça. Precisamos

conversar. Tudo mudou.

(Luce) Não a nada a ser dito. Você não

consegue. Tchau.

Saí do carro, porque não tinha mais como seguir com ele, por causa do engarrafamento, percebi que ela não estava tão longe. Subi no carro, lembrando de quando Luce me ensinou a gritar "Luce! Luce! Cadê você?" Respirei fundo, apertando o abdômen "Você é um punheteiro, número 9"  Ao escutar a frase, que ela havia dito, quando me ensinou no futebol, a expressar. Ela saiu do carro, para vir até mim, eu continuei gritando "Eu consigo" e correndo fui atrás dela, enquanto ela, vinha ao meu encontro. Nos beijamos .. nos abraçamos.. e prometemos amor eterno. Ella buzinou, meus pais ao lado do carro se beijaram. E, tá, eu sei que mesmo sendo romântica, eu sei, o amor, não é eterno, não existe nada para sempre. Mas, Luce, eu amo você! Eu realmente amo você .. para sempre.