Operação Sigilo II



Sinopse:  

 Quando passado bate na sua porta, antes de abrir melhor ter certeza que está segura. Miranda fica face a face com sua realidade.

Suspense | Ação | Drama + 16 anos
*Crossover baseada em Covert Affairs, Grey’s Anatomy e Three Rivers.

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Parte 2




6. Enfrentamento

Annie’s POV:



Nunca pensei estar em missão com Joan, na verdade, no meu segundo ano de CIA, participamos sim de uma,  quando uns bandidos se infiltraram num prédio comercial, mantendo reféns, nós entramos dizendo ser da impressa. Enquanto eu e Ben Mercer ficamos protegendo os reféns, Joan lutou bravamente socando os bandidos. Foi a primeira vez que eu tive a sorte, de vê-la em campo.

Quando saímos do hospital, pela janela dos fundos, que tinha escada de emergência, Joan e eu corremos em direção a casa que eu estava hospedada,  que Auggie havia me emprestado, era uma casa de uma agente de Campo Paulie Oster, que havia sido morta em combate. Ela estava grávida e eu com um ferimento, agora aberto, sem que eu tivesse percebido por causa da adrenalina.

Adentramos a casa, gemi ao sentar no sofá, por sentir apenas agora, muita dor.

(Annie) Ai .. eu acho que .. - Levantando a blusa, assustada. - Joan, preciso de sua ajuda!

Joan imediatamente olhou em minha direção e sua expressão de assustada, entregou que ela já havia percebido.

(Joan) Annie você está sangrando! - Ela apontou em direção a minha camisa, correndo até onde eu estava.

(Annie) Sim..pega para mim no banheiro a caixinha de socorros? Eu.. vamos precisar costurar isso. E.. urgentemente.

Apressada, ela não sabia se me pedia para ficar tranquila, tentando me acalmar, ou ia logo pegar a caixinha.

(Joan) Eu já volto...não se mexe! - Joan foi em direção ao banheiro e alguns instantes depois havia retornado com a caixa branca em mãos.

(Annie) Você sabe costurar?

Joan se sentou ao meu lado, retirando a linha e a agulha da caixa e puxou a própria bolsa, vasculhando por um isqueiro.

(Joan) Eu...eu já fiz isso antes, mas faz algum tempo...- Ela me encarou novamente. - Não se preocupe...- Mas seus olhos estavam arregalados pela quantidade de sangue, por um instante achei que ela fosse desmaiar pela forma como ficou pálida, mas Joan respirou fundo, e voltou a falar. - Ok, vamos lá! - Ela acendeu o isqueiro, esterilizando a ponta da agulha.

Percebi que por mais que a situação fosse tensa, ela estava relativamente segura, sorri, em seguida tirei minha blusa, mordendo a parte que estava limpa, esperando que Joan fizesse o resto.


Joan’s POV:


Não foi fácil conseguirmos escapar do hospital, mas acabamos despistando os seguranças, ao irmos pela rota de emergência. Eu ainda não sabia muito, mas quando adentramos a um apartamento localizado no centro da cidade de Seattle, imaginei que deveria ser ali o local onde ela estava hospedada. Não tive muito tempo para as inúmeras questões que eu tinha, pois assim que entramos, Annie me chamou e imediatamente eu vi a grande mancha de sangue que havia em sua camisa. Obviamente os pontos haviam se aberto por conta de todo o esforço. Eu nunca tive problemas com sangue, não me entenda mal, se tivesse não estaria na CIA há tanto tempo, mas a gravidez havia mudado algumas coisas.

Quando voltei com a caixa de primeiros socorros e encarei aquela mancha, por um momento senti uma vertigem, tive que respirar fundo e me manter forte ali, porque Annie precisava mais de mim naquele momento, do que qualquer outra coisa. Annie, com dificuldade, devido ao ferimento, retirou a camisa, permanecendo com o sutiã branco.  Percebi meus olhos por alguns milésimos de segudos desviarem para seu corpo, e eu não sei bem exatamente o porque, ou sei...não sei a gravidez me deixava maluca. Tentei manter o foco, encarando a cicatriz que havia se aberto. Assim que a agulha foi esterilizada, me aproximei um pouco mais de Annie para conseguir enxergar os pontos que haviam sido abertos. Coloquei  a linha na agulha.

(Joan) Me desculpa...mas...isso ...vai doer! - Confessei, não iria mentir e dizer que era só uma cócega, ou algo do tipo. Apoiei uma de minhas mãos na parte não ferida de seu abdome para ter apoio, enquanto que comecei a costurar novamente a cicatriz, juntando os pontos que haviam se aberto. Mesmo gemendo de dor, ela se mantinha ali, pacientemente.

(Annie) Paulie Oster.. é esse o nome que eu estou.. ela que é dona dessa casa! Ela foi morta, e eles vieram atrás de mim.

Surpresa quando Annie começou a falar, mesmo imaginando o quanto de dor ela estava sentindo. Eu ainda estava na metade da cicatriz, quando levantei os olhos por um instante para encará-la.

(Joan) Quem era ela?! - Perguntei baixo.

(Annie) Ela era um contato de Jai, mas quando mataram ele, saíram exterminando todos os espiões que sabiam a verdade, sobre Lena Smith.

Terminei o último ponto que havia se aberto no momento da revelação de Annie. Esta missão, o motivo dela ter levado uma facada, tudo isso tinha a ver com Lena Smith? Respirei fundo, faltava pouco para eu terminar o curativo e disparar todas as perguntas que eu tinha. Entreguei a agulha a Annie.

(Joan) Mantenha a linha esticada...que eu terei que cortá-la...- Nos encaramos, e por um instante me passou pela cabeça o que eu estava prestes a fazer. Nos últimos meses eu nunca havia estado tão próxima de Annie, e agora, por que me aproximar assim parecia uma loucura? Era cortar uma linha, não era? Não...

Me abaixei um pouco mais até ficar da altura do ferimento. Pude sentir sua pele tão próxima ao meu rosto de uma forma que me fez arrepiar. Enquanto Annie mantinha a linha esticada, cortei-a com o dente. Quando me levantei, voltando a encará-la nossos olhos se encontraram, e me perguntei se ela estava com uma sensação estranha tanto quanto eu. Ficamos em silêncio alguns instantes, até Annie cortá-lo.

(Annie) Pega, por favor, aquele dossiê que está na cômoda? Eu .. vou te contar tudo.





7. Doutoras x Agência


Miranda’s POV:

No vestiário do hospital, falei com Meredith um segredo, não sei porque confiei nela, deve ter sido amizade a primeira vista. A garota parecia levar muito a sério sua profissão e demonstrado maturidade enquanto operávamos a moça loira.

O segredo foi nome.. nome dela não era Annie Walker, ela se chamava Paulie Oster, eu inclusive, tinha um cartão dela. Fomos de moto num prédio abandonado, onde eu costumava ir na sacada para ver a cidade ali de cima. Sorrindo para ela, em seguida desviando os olhos, suspirei.

(Miranda) Paulie Oster, ou Annie Walker, que seja, a moça me procurou a uma semana atrás. Na verdade, como se soubesse que algo ruim iria acontecer.

Meredith desviou os olhos da vista que tínhamos do alto daquele prédio, para me encarar.


(Meredith) Você a conhecia! - Ela exclamou, e então continuou.  -...mas...o que ela queria quando te procurou?!

(Miranda) Sim. Ela veio me contar a respeito da minha origem. Meus pais biológicos. Não por ser fofa e querer me ajudar, mas parece que as pessoas que trabalhavam com minha mãe são assassinos, e, agora, que ela tava mesmo no hospital eu to com medo! Ela levou facada.

(Meredith) Assassinos? - Ela repetiu baixo desta vez. -...mas você acha que aquela facada era...pra você? que Annie...Paulie...porque ela estava te procurando?

(Miranda) Sim, ela disse que são assassinos, Russos. Eu ri, debochei.. disse que não acreditava nela, aí .. no café que nós estávamos um homem foi baleado, ela e eu corremos saindo dali. Ela pediu que eu me cuidasse e .. desapareceu. Mas .. me deu um cartão!

(Meredith) Um cartão?! Nós temos que voltar no hospital...precisamos da memória dela de volta...para sabermos do que se trata tudo isso. Você está em perigo!

(Miranda) Se é .. que ela perdeu a memória mesmo! - Parei de falar quando meu celular tocou, fiz sinal para Meredith, que esperasse um pouco. - Lee .. Fala amigo que aconteceu? Hum... Como? Ah, não .. que droga! E deram entrada? Menos mal..me faz um favor, segura as pontas aí para mim? Ninguém.. repito, não quero ninguém comentando dessa operação! Essa garota loura, ela nunca existiu! - Ao desligar celular, suspiro, contando para Meredith. - Ela fugiu! Annie Walker ou Paulie Oster, sumiu! Eu sabia que minha mensagem ia impactar, só não sabia que ela conseguiria tão de pressa.

(Meredith) Mensagem? Que mensagem? Temos que achar essa menina antes que ela saia de Seattle, Miranda, ela não é daqui...se ela voltar para Washington DC, nunca mais a veremos...nem o nome de verdade dela temos...- Meredith soava desesperada, assustada com as revelações.

(Miranda) Você está certa .. vamos, bora encontrar Paulie Oster.


8. Missão Langley



Anteriormente, Lanchonete VESTA:

(Henry) Sei que é macabro. mas eu queria ver esse lugar pessoalmente. Por favor sente, obrigado por vir. Sei que não é fácil.

(Annie) Não é. Tudo aqui está do mesmo jeito

(Henry) A vida tem um jeito engraçado de prosseguir. Não importa o que fazemos. Sei que o Jai não falava bem de mim, mas por favor estou aqui para consertar as coisas

(Annie) Senhor Wilcox, nós só nos vimos uma vez, nunca achei que tivéssemos problemas.

(Henry) Isso se trata de Arthur e Joan Campbell.

(Annie) Também não tenho problemas com eles.

(Henry) Você é boa garota .. quero que entenda um pouco porque meu filho foi morto. Abra .. Vale a pena - Henry entrega uma pasta, um dossiê para ser analisado.

(Annie) Desculpa..mas seja lá o que você quer que eu faça, não vou ir contra Joan ou Arthur

(Henry) Dê uma olhada.

(Annie) Tudo aqui é verdadeiro?

(Henry) Isso mesmo.



+++


Uma semana fiquei entre hotel e um bar ao lado do hospital mais rico da cidade. Na minha profissão a gente espera muito. E tempo é dinheiro, como diria Henry Wilcox. Acabei decorando aquele dossiê, e percebendo que chegara o momento de me infiltrar, estava numa missão sem registro e qualquer passo em falso eu poderia colocar meu disfarce a perder.

Meu telefone toca insistentemente, sorrio ao perceber no visor.

(Auggie) Annie Walker.. o que você faz em Seattle?

(Annie) Fala baixo! E eu sabia que ia me localizar.

(Auggie) Aquele seu recado que deixou com Barber.. eu te conheço garota!

(Annie) Sou adulta.. Amor, eu preciso descobrir umas coisas.

(Auggie) E nosso pacto?

(Annie) Ok. Vamos brincar de "e se", honrando nosso pacto de que não teremos segredos um para o outro..

(Auggie) Você sabe que eu adoro!

(Annie) Amor, e se eu fosse num bar gay.

(Auggie) Eu pediria para ir junto para vê-la com outra mulher..ops, não, eu não vejo.

(Annie) Dessa vez não vai ganhar, só isso que tem para me dizer.

(Auggie) Annie..volta para casa.

(Annie) Volto! Em breve, vou abordar meu alvo.

(Auggie) Que seria, quem?

(Annie) Miranda Foster, ao que tudo indica ela é filha de nada mais nada menos que Lena Smith.

(Auggie) Uou.. Annie, volta para casa, mais do que nunca!

(Annie) E se eu me negar? E dizer que preciso abordá-la, necessito?

(Auggie) E se ou vai fazer isso?

(Annie) Eu amo você!

(Auggie) Annie.. Annie.. - E eu acabo desligando o telefone, fechando meu vestido, reparando meu visual naquele grande espelho, sorrio de canto, pegando a bolsa, e indo para a boate que Miranda frequentava quando queria encontrar alguém, alguma garota, boate essa que fui diversas vezes mais me escondia dela.


+++

Chegando na boate onde as luzes ofuscavam um pouco minha visão, passando pelas pessoas procurando pelo meu alvo. Não demoro muito a encontrar no bar a moça bebendo cerveja, numa garrafinha. Aproximando do balcão, batendo nele para chamar atenção da barwoman.

(Annie) Por favor ..uma dose de tequila com limão!

(Barwoman) A mocinha vai de tequila mesmo, uau!

(Annie) Sim, a mocinha vai sim..

(Miranda) Me vê o mesmo? Vou acompanhar a corajosa! - Sorri para barwoman e para Miranda, ela pareceu se animar, porque deu passo de lado e ficou muito perto de mim, em meu ouvido sussurrou. - Se você ficar animadinha demais vou te roubar para mim.

(Annie) Se você ficar animadinha demais eu te levo para meu hotel.

Nós duas bebemos uma, duas, três, sei lá quantas doses, e creio que ambas ficamos de porre. Saímos juntas, para o hotel que eu estava hospedada. Foi complexo segurar a fera, porque a moça queria mesmo dormir comigo, mas, após dar um copo de café quente e sem açúcar assumi logo todo o jogo.

(Annie) Sou Paulie Oster... trabalho para uma Organização que quer cuidar de você!

(Miranda) Cuidar de mim? Como assim ..você é da polícia.

(Annie) Sim, é quase isso! Miranda, você corre perigo, sério, eu tinha que te contar isso.. suma daqui, arruma uma nova identidade.

(Miranda) Muitas mulheres falaram coisas malucas para não dormir comigo, mas essa aí é novidade! Adeus Paulie.. To fora .. você é maluca.

(Annie) Não faz isso.. ei.. é verdade .. e

(Miranda) Adeus! Você me salvou de uma ..



+++


(Auggie) E como foi sua noite?

(Annie) Péssima.. e estou de ressaca! Preciso voltar mas temo pela garota.

(Auggie) Você precisa convencê-la, trazer para cá, para cuidarmos dela, não sei. É isso que quer? Eu posso falar com Joan.. e Annie .. Anota um endereço que vou falar .. quero que você se hospede em uma casa, nada de ficar em hotel, chamando atenção.

(Annie) Obrigada amor, pode falar...

+++


Sem saber que os russos estava atrás da Miranda e fotografou várias fotos nossas, pensando que eu e ela estávamos namorando, eles foram até a boate, onde por  sinal eu também estava. Escutava as músicas, pessoas dançando, se beijando pelo salão e minha cabeça apenas em foco de encontrar a moça do balcão. Ela não chegou, contrário, percebi a movimentação, e tentando evitar problemas, saí pelos fundos da boate, meu grande erro.

(Dimitri) É ela.. com certeza é essa garota!

Ao falar isso, um homem me segurou pelo braço, proibindo que eu saísse correndo, enquanto que outro me deu um soco no rosto. Depois foi um festival covarde de luta, eu tentava me defender mas eram quadros imensos homens. O tiro de misericórdia foi quando o que havia me reconhecido como assassina de Lena Smith, puxou o canivete, uma espécie de faca, fincando no meu abdome. Depois confesso que não sei o que aconteceu, apaguei, naquele beco, nos fundos da boate.









9. Caindo o véu



Meredith’s POV:

Quando se trabalha em um hospital, você acredita que cada dia existe uma emoção diferente, uma aventura diferente. Um dia nunca é igual ao outro, realmente, mas existem coisas que até para cirurgiões, que muitas vezes dependem do inacreditável, de milagres, fica difícil de acreditar. Miranda me revelou verdades sobre a paciente que havíamos esperado, verdades que nem eu, e aparentemente, nem ela parecia saber completamente. Existiam desde dúvidas banais até questões essenciais, como a verdadeira identidade da paciente.

Ela havia revelado conhecer Annie, Paulie...ou qualquer outro nome que aquela moça respondesse, de antes, antes daquela operação, e que exatamente por isso Miranda havia burlado as regras e ido a frente com a operação. Ok, se parássemos ai já havia problemas o suficiente, não?...Quer dizer, teoricamente operamos alguém, sem autorização e sem saber a real identidade, isto já seria o suficiente para tanto ela, quanto eu que mal tinha meu registro de médica ainda, tê-lo cassado. Porém, aparentemente este era o menor dos nossos problemas. Existiam vidas em risco, e não era só a da paciente, Miranda havia revelado algo sobre o que Paulie havia lhe contado, e que na época ela não dera ouvidos. Existiam pessoas atrás dela, pessoas que tinham alguma conexão com sua mãe biológica. Subimos novamente na moto, Miranda tinha um cartão em mãos, e era aquele endereço que precisávamos seguir.



Miranda’s POV:

Anteriormente, 2 semanas atrás:




Minha vida se repete todo santo dia, casa, trabalho e boate. Passo pouco tempo em casa, na verdade apenas para dormir exatamente, meu trabalho eu acabo dedicando mil por cento, por ser a coisa que eu mais amo fazer, minha verdadeira paixão. A outra paixão é boate, onde lá não sou Dra. Miranda, e posso conquistar e ser conquistada. Sou gay, porém discreta, por mais que muitas vezes minhas vestes demonstram logo de cara.

Conheci aquela loira maravilhosa quando fui uma vez na boate, eu sabia que ela não era da cidade, e eu fiquei de quatro! Ela dançava, ou bebia de forma sensual, e, eu podia estar errada mas ela me olhava, me buscava da mesma forma.

Numa ocasião fui até ela e sem falar nada nos beijamos. Intenso, pressionei o corpo dela na parede aproveitando o escurinho por estar afastado da pista.

(Miranda) Você está sempre por aqui..me secando.

(Annie) Eu? Não.. você que está me secando! E é a primeira vez que te vejo aqui.

(Miranda) Mentira! E vou provar .. - Novamente beijei aquela garota, ficamos juntas na boate e após ela me levou para o hotel que estava hospedada. Dormimos juntas, e, no dia seguinte, de novo nos encontramos na boate, só que dessa vez ela estava muito diferente, temerosa, inclusive disse que eu estava com minha vida em risco, que era para ir com ela para D.C. Não acreditei, ri da cara do perigo, deixando-a magoada, quando fui beija-la me negou, me expulsando daquele quarto.


+++


(Miranda) Meredith, foi isso! Quero dizer, eu pensei que ela estava vindo por mim, pela minha beleza, qualquer coisa, mas quando Paulie apareceu ferida! Eu .. eu apavorei. Ela estava certa, tenho prestado mais atenção e percebido que estou sendo seguida, fotografada.

(Meredith) Você acha que ainda conseguimos pegá-la na cidade? - A moça indagou, levantando o capacete que tinha em mãos.

(Miranda) Espero realmente que sim.. ela é de confiança, ao menos, acho!

(Meredith) Bom, de confiança ou não, ela é a única esperança que você tem...não? De se livrar dos....- Mer pareceu buscar alguma palavra, mas acabou concluindo sem sucesso. -...seus seguidores.

(Miranda) Meus seguidores? Não estamos falando de rede social, ok? Mas.. vamos, vamos falar com Paulie Oster, Annie Walker.. com ela!




Joan’s POV:


Depois que fechei as cicatrizes de Annie e conseguimos estancar o sangue, Annie começou a me revelar todos os mistérios que cercavam aquela missão. Francamente, eu ainda não conseguia fazer a ligação Henry e Lena...por que ele mandaria Annie para investigar a filha de Lena Smith? Por que Annie havia aceitado? Eu sabia que ia além, e quanto mais ela me contava, mais perguntas eu tinha para fazer.

(Joan) Lena Smith, hm?...Aquela moça é filha de Lena Smith...- Disse mais para mim mesma, do que para Annie, tentando criar alguma ligação em minha mente. - Lena...quem diria, ...o que você acha que os agentes russos querem com ela?!

(Annie) Filho de peixe … Joan, acho que eles querem ela para espiã! Recrutá-la.

(Joan) Ok...e por que Henry se importa com isso? Quer dizer...Lena está morta, não está?! Ela não tem mais ligação alguma com a CIA...

(Annie) Não sei, ainda não tenho essa resposta! Mentira .. Joan, eu sei o motivo.

Eu estava prestes a despejar mais umas vinte perguntas, quando Annie revelou saber o motivo. Levemente nervosa com o que aquilo poderia ser, tomei um gole do café, afastando em seguida, irritada, aquele copo de café por eu ter tomado. Eu sabia que não deveria, mas como supostamente eu poderia abrir mão do café? Respirei fundo.

(Joan) Ok...por que algo me diz que isto é o que isto é o que você tem evitado falar desde o princípio? - A encarei, desconfiada.

(Annie) Eu descobri investigando, que .. Ai! Joan, não me faça falar alto isso. Miranda, ela é filha de Lena Smith, com ..Arthur.

O sache de açúcar que permanecia em minha mão, caiu imediatamente. Primeiro a noticia revelada para toda a CIA sobre o caso extra conjugal dele, agora....uma filha com Lena Smith? Quantas amantes Arthur tinha? E será que eu acabara de ganhar a coroa de corna do ano?

(Joan)..Arthur?...- Eu se quer conseguia pronunciar o nome dele. -...Arthur e Lena Smith...- Por mais que eu tentasse pensar sobre aquilo, pensar sobre em como estas informações influenciavam na agência, eu só conseguia pensar em como estas revelações influenciavam em meu casamento...se é que existia um ainda. Tentei segurar o nó que subiu pela minha garganta, engolindo-o em seco. - Annie....você..., extraoficialmente,....- Pedi baixo, para que eu pudesse seguir com a pergunta. -...você a acha mesmo parecida com ele? - A voz havia saído muito mais embargada do que eu pretendia.

(Annie) Eu acho antes de mais nada, que o melhor a fazer é cuidar dela! Protegê-la contra FSB. Depois, caso seja necessário, ela pode ser submetida a um exame de DNA, que me diz?









10. Voltando para casa



Miranda’s POV:


Meredith me convenceu a procurar a loira misteriosa, fomos até o hotel e ela já não mais estava hospedada. Acabo me lembrando que Paulie Oster havia me dado um cartão, com endereço dela.

(Miranda) Meredith .. sobe na moto que se tudo der certo, encontraremos a moça.

A castanha olhou na direção do hotel, e depois tornou a subir na moto.

(Meredith) Outro endereço? mas ela ficava em um hotel e tinha uma casa aqui? Essas pessoas são muito estranhas...- Ela pareceu comentar mais com ela mesmo do que comigo.

Quando ambas subimos na moto,pilotei até o local indicado no cartão. Era uma rua sem saída, um prédio antigo, ao estacionar esperando que Meredith saísse para que eu fizesse o mesmo, indago.

(Miranda) Todo cuidado é pouco.. eu não sei o que ela é, mas é de alguma polícia.

Ela saiu da moto, se abaixando para prender o capacete na moto. Pareceu aceitar meu conselho, seus olhos analisavam ao redor de forma atenta.



Annie’s POV:



Depois que eu acabei contando para ela praticamente tudo que eu sabia a respeito da missão, cujo quem tinha me enviado para Seattle tinha sido Henry, através das investigações de Jai. Falei sobre Miranda ser filha de Lena Smith, e, por mais que doesse na minha chefe a verdade, acabei contando a respeito de Arthur, que eu e Henry acreditávamos que ele era pai da moça. Se isso se confirmasse num exame de DNA, Joan teria mais uma dor de cabeça daquelas, por mais que tivesse sido coisa do passado, era um soco no estômago.

Joan ainda estava bem próxima de mim, costurou meu abdome, e por frações de segundos achei que ela estava sentindo o mesmo que eu: uma sensação estranha, como se um imã puxasse meu corpo para o dela e vice versa. Claro que não tentei nada e nem podia, além de Joan ser minha chefe, para piorar ela estava grávida de outro homem.. e ah, eu era namorada de Auggie. Acabei sussurrando baixinho, sem saber que pioraria aquela situação.

(Annie) Obrigada! Agora .. temos que ir atrás de Miranda.  Ela realmente corre perigo, ou eles querem ela para recrutar ou para matar, não sei ao certo que destino aguarda.

Joan estava próxima a janela, e apesar dela não me encarar, olhar na verdade sentido contrário, em direção a rua, eu podia perceber as lágrimas em seu rosto. Quando me escutou, rapidamente a vi passar a mão pelo rosto, enxugando-o.  Seus olhos finalmente encontraram os meus, mas ela permaneceu encostada no batente da janela.

(Joan) Annie...eu...- Joan começara a falar, mas parou, desviando os olhos mais uma vez. Sabia que toda situação tornava ainda mais difícil de encarar de frente tudo.

(Annie) Posso? - Sorrindo para ela, tentando demonstrar que as coisas se ajeitariam com calma, estendo a mão, mostrando que queria tocar na barriga dela.

Surpresa, Joan desviou os olhos para a própria barriga, como se com tudo aquilo, tivesse se esquecido do pequeno detalhe. Voltou a me olhar nos olhos, e concordou com a cabeça, dando o aval para que eu me aproximasse.

Ainda sorrindo, me aproximei de Joan, olhando nos olhos dela em seguida em baixo para sua barriga que acusava levemente seu estado, abaixei meio que ajoelhada, tocando de leve acariciando por cima da blusa dela, em seguida sussurrei em apelo.

(Annie) Posso abusar e beijar sua barriga?

Nossos olhos permaneceram se encarando,  e a vi morder o lábio inferior, como se hesitasse em dizer algo. Ela concordou mais uma vez com a cabeça, percebi mais lágrimas surgindo em seu rosto, e então finalmente Joan pareceu ter a coragem para indagar.

(Joan) Você acha que é um erro? Que sou louca? Quer dizer...eu sou uma espiã, na casa dos quarenta, com um casamento praticamente falido e ...podendo arriscar falir minha carreira. É um erro? - Ela perguntou novamente baixinho, desta vez não escondendo todo o seu medo.

(Annie) Erro? Foi isso que escutei você dizendo? Não.. criança é benção e não problema! -  Ainda abaixada levantei um pouco da blusa de Joan, o suficiente para ver a barriguinha que apontava, sorrindo, aproximei minha boca para beijar, porém a porta bateu, quem poderia ser.



Joan’s POV:


Eu estava apavorada. Pela primeira vez não tive vergonha de admitir isso, ou talvez tivesse admitido porque era Annie que estava ali, não sei exatamente, mas sei que a esta altura eu não conseguia mais pensar profissionalmente, minha carreira profissional havia fundido de uma vez com minha vida pessoal, e isto não era fácil de administrar. Saber que de alguma forma Arthur e Lena tiveram um caso, me fazia ter ainda mais raiva dela, talvez eu sempre soubesse que existia algo ali, minha raiva dela nunca fora de graça. E Arthur?...Arthur era algo que eu, no momento, queria distância, não queria pensar.

Annie tentou me ajudar, quer dizer, tentou me fazer desviar de toda aquela raiva que eu ficava remoendo enquanto encarava a rua paralela a casa onde estávamos, e por alguns instantes ela conseguiu. Se aproximou, e senti seu toque em minha barriga, que pelos quatro meses, já indicava que havia algo ali. Percebi novamente em mim aquela sensação estranha que eu sempre sentia quando ficávamos perto demais, não era algo ruim, não com certeza não era, mas era algo diferente. Annie ousou um pouco mais, perguntando se poderia beijar minha barriga e mais uma vez eu havia concordado. De repente ela ali, me fazia ver que talvez eu não precisasse de Arthur para criar aquela criança...não era? Pera ai, ok, agora eu estava ficando maluca. Eu acabara de pensar que poderia criar a criança porque, apesar de Arthur não estar ali, Annie estava? Nossos olhos se encontraram mais uma vez e finalmente eu tive a coragem de indagar. Ou quase indagar. Minha pergunta foi em relação a idade, trabalho, casamento...mas não, eu não podia citá-la. Isto tornariam as coisas estranhas e...

Meus pensamentos foram congelados no instante em que senti ela levantar levemente a blusa que eu usava. Eu não conseguia enxergar neste espaço curto de tempo como eu e ela nos havíamos se aproximado tanto. Ela era a primeira pessoa que soubera da gravidez, e agora era a primeira que estava tendo algum tipo de contato direto, ou quase direto, com meu filho. Eu estava prestes a fechar os olhos  e permitir de uma vez por todas aquela aproximação, quando minha tentativa de relaxar foi interrompida por batidas na porta. Assustada, e pega de surpresa, logo encarei Annie, abaixando rapidamente minha blusa.

(Joan) Existe saída pelos fundos aqui?

(Annie) Existe..mas fica calma.. - Ela tirou da bolsa uma arma, apontando para que eu me escondesse no banheiro, definitivamente aquela Annie era bem mais ousada e com certeza uma espiã de verdade, sem medos.





Miranda’ POV:


Quando a porta se abriu eu fiquei assustada inclusive gritei, levantando as mãos me rendendo, enquanto Paulie Oster, ou seja lá qual nome ela tinha, abaixava a arma, surpresa em nos ver ali, fez sinal que entrássemos falando alto para alguém que estava no banheiro.

(Annie) Joan.. elas nos encontraram, Miranda está aqui.

Joan apareceu na porta do banheiro onde havia se escondido, e foi retornando para a sala. Parecia levemente irritada.

(Joan) Vocês como médicas, não deveriam dar um susto desses em uma grávida! - Ela bufou.

(Miranda) Espero não está atrapalhando nada, e quem deu susto foi ela..com essa arma apontando para meu rosto.

Annie fechou a porta assim que as médicas entraram, sorri para Joan como quem dizia “sua vez, me convença a acompanhar as espiãs”. Joan pareceu encarar Annie de volta com cumplicidade, porém, apesar de ser, aparentemente, seu trabalho me convencer, parecia não estar muito contente em fazer isso.

(Joan) Dra. Foster...não é? - Ela me encarou diretamente desta vez e esticou a mão em minha direção. - Joan Campbell, CIA, como você deve imaginar. Eu e Annie estamos aqui, levando em consideração os riscos que corre nesta cidade, para lhe oferecer uma nova identidade e proteção. - Joan respirou fundo e seus olhos azuis, bastante intimidadores, pareceram me encarar ainda mais. - Mude-se para Washington DC. É a melhor oferta que temos.

(Miranda) Eu acredito em vocês! Só não entendo por que alguém sismaria assim comigo. - Enquanto Joan se apresentava, apertei levemente sua mão ao cumprimento, Annie fora até a janela, estava com semblante preocupado.

(Annie) Eu.. acho melhor deixarmos a reunião para depois.. os caras .. estão vindo.

Joan rapidamente encarou Annie, e ela pareceu não ter dúvidas do que a loira falava.

(Joan) Nós vamos lhe explicar tudo. Só...- Joan parou de falar quando escutou passos na escada. Encarou Annie, e depois eu e Meredith. - Esta é a hora que usamos a saída dos fundos. Ela apontou na direção de Annie, que mostraria o caminho, enquanto os homens  já forçavam a porta para invadirem.

Como num filme, eu não via saída, ou acreditava nas moças loiras e ia com elas para me proteger, ou ficaria ali pagando para ver, se me matariam de verdade, após um longo suspiro, enquanto Annie abrira a janela que dava para escada de emergência, apontei Meredith, pedindo que viesse também. Annie nos conduzia, e ainda com arma em punho, na janela os homens atiravam, tentávamos desviar e sair do fogo cruzado, a espiã Walker, atirava sem receio, matando alguns deles.











3 comentários:

  1. OMG, como assim parte 2 e vcs deixam assim nesse ponto? Ahhh, muito bom. Adorando a continuação e querendo próxima continuação!

    "Mas seus olhos estavam arregalados pela quantidade de sangue, por um instante achei que ela fosse desmaiar pela forma como ficou pálida, mas Joan respirou fundo,(...)

    Percebi meus olhos por alguns milésimos de segundos desviarem para seu corpo, e eu não sei bem exatamente o porque, ou sei...não sei a gravidez me deixava maluca."

    Ahhh, então a razão da palidez não foi o sangue ahahahah LOL, kiddin, gostei do contraste n tão contrastado de pontos de vista, como sp funcionando bem na acção-reacção.

    Adorando Miranda!
    "Não por ser fofa e querer me ajudar, mas parece que as pessoas que trabalhavam com minha mãe são assassinos (...)" ahahah, eu ri nessa parte do fofa...

    "(Miranda) Muitas mulheres falaram coisas malucas para não dormir comigo, mas essa aí é novidade! Adeus Paulie.. To fora .. você é maluca."

    "(Miranda) Meus seguidores? Não estamos falando de rede social, ok? Mas.. vamos, vamos falar com Paulie Oster, Annie Walker.. com ela!"

    Adorando o humor da situação pela "voz" de Miranda <3


    Fofa demais a interação mais uma vez entre Auggie e Annie:

    "(Auggie) Eu pediria para ir junto para vê-la com outra mulher..ops, não, eu não vejo." E mtooooo hilário Auggie!

    OMG, ISTO:
    "Quantas amantes Arthur tinha? E será que eu acabara de ganhar a coroa de corna do ano?"

    e as indagações internas tanto de Joan e como de Annie...

    "(...)para piorar ela estava grávida de outro homem.. e ah, eu era namorada de Auggie." PORMENORES LOOOOOOOOOOOOL


    Sorry estar citando tdo, ok, vou parar, AMEI.com
    muita boa essa continuação, adorando o desenvolvimento da trama e dos personagens!

    Parabéns! e GO ON =)


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    Respostas
    1. Ah, esqueci de falar no nome de Paulie Oster, mTO BEM lembrado!! Aahah, misturando tdo e criando sp alternativas de encaixe no meio das homenagens! ;)

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    2. Ahh, esse nome é clássico hahahah Bom que curtiu a parte 2 e sim, teremos 3.. muito em breve. Bora ver essas meninas fazendo muita bagunça!

      Bjs

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